segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Juridiquês x Agilidade nos processos

   Observem a imagem:
 
 
    O que ela tem haver com o “juridiquês” que tanto falamos?



    Quem escreve um texto jurídico com uma linguagem excessivamente forense prejudica a Justiça, atrasa o andamento dos processos e causa muita dor de cabeça para aqueles que terão que interpretá-lo. Você já pensou o trabalho de um juiz, por exemplo, para decifrar um processo inteiro escrito assim? Quantas vezes ele iria ao dicionário? Quanto tempo perderia? Por isso que, quando se fala de agilizar a Justiça, deve-se pensar também em agilizar a linguagem adotada. E para isso deve-se evitar o “juridiquês”, para evitar dessa forma, a lentidão das decisões judiciais .


Juridiquês entre os profissionais de Direito


         Criamos uma charge para ilustrar o juridiquês entre profissionais do Direito:



 

 

O objetivo nessa fala seria realizar uma comunicação entre os ex-colegas de faculdade , ou de um mero aparecimento de um ex colega de turma? De achar que conhecimento tem alguma coisa haver com falar difícil? Como diz o poeta Thiago Mello, falar difícil é fácil. O difícil é falar fácil!

Será que para entendermos as falas de alguns profissionais do direito teremos que sempre recorrer a um dicionário jurídico? Segue um glossário com expressões e palavras do jargão do Direito:
 












domingo, 16 de setembro de 2012

Juntos contra o juridiquês

    Toda atividade profissional utiliza-se de termos técnicos e de uma linguagem própria desenvolvida para facilitar a comunicação entre os profissonais. Na advocacia há, frequentemente, o uso de palavras como doutrina, jurisprudência, liminar e até expressões em latim como habeas corpus, porém, diferentemente do que se conceituam como juridiquês, essas palavras são necessárias no contexto dos processos judiciais.

    Não somos contra a utilização desses termos técnicos e dessa linguagem própria, o que buscamos é a simplificação da linguagem jurídica , ou seja, é acabar com o juridiquês - a linguagem excessivamente forense , e por vezes inadequada, nos processos e no trato com os clientes.

    A palavra é considerada ferramenta de trabalho do profissional do Direito, consequentemente o uso correto dela define o sucesso de uma tese, assim como, o seu mau uso poderia impor o seu fracasso.Portanto a palavra deve ser usada de maneira clara e convincente. O uso de expressões e palavras só compreensíveis pelos operadores do Direito impedi a comunicação.
    Vamos mostrar um exemplo claro do juridiquês em uma decisão de difícil compreensão até mesmo para juízes:

 "Sem embargo da alentada prédica vertida pelo preclaro subscritor da página capitular, estamos que não restaram demonstrados, nesta quadra de congnição sumária, os pressupostos de mister à outorga da tutela de urgência postulada, máxime o fumus boni iurus, a lume do ordenamento jurídico vigente".
    Será que alguém entendeu algo dessa decisão?Simplificando as palavras temos: “Apesar da fundamentada pregação feita pelo ilustre assinante da petição inicial, estamos que não se encontram demonstrados, nesta fase inicial de conhecimento, os requisitos necessários para entrega da liminar postulada, principalmente a fumaça do bom direito, à vista do ordenamento jurídico em vigor”.
    Vamos juntos combater o juridiquês!